Todo mundo pode ser Fintech

Frequentemente escutamos nas reuniões com clientes e parceiros alguma menção a Startups se tornarem fintechs no futuro. Isso já virou comum nas conversas e tem diversas razões. Obviamente, a principal das razões é a democratização do acesso à criação de modelos de negócio relacionados a meios de pagamentos e acesso a crédito.

Frequentemente escutamos nas reuniões com clientes e parceiros alguma menção a Startups se tornarem fintechs no futuro. Isso já virou comum nas conversas e tem diversas razões. Obviamente, a principal das razões é a democratização do acesso à criação de modelos de negócio relacionados a meios de pagamentos e acesso a crédito. 

Antigamente, com a alta concentração bancária, basicamente todo o “sistema de pagamentos”, tecnicamente chamado de arranjo de pagamentos, ficava na órbita de negócio dos gigantes do setor. Só para se ter uma idéia da concentração bancária havida no Brasil, até pouco tempo atrás, os seis maiores bancos do Brasil detinham 85% do mercado, o que fazia com que dominassem e definissem a formatação de toda cadeia de crédito e pagamentos. 

Com a abertura do mercado, em um movimento liderado pelo Bacen, desde o início da última década, o desenvolvimento tecnológico imenso, a evolução do ecossistema de inovação e a disponibilidade de capital de risco (Venture Capital e Private Equity), vimos um boom de desenvolvimento do mercado.

Antigamente, toda a cadeia de pagamentos estava nas mão dos bancos, bandeiras de cartão de crédito (Visa e Master, p.e.), gateways de pagamento (Braspag e Cobrebem, p.e.), adquirentes (basicamente, empresas que processam pagamentos, Cielo, Rede e GetNet, p.e.) e subadquirentes (PayPal e MercadoPago), então meia dúzia de empresas dos grupos econômicos dos bancos ou das bandeiras ou suas parceiras monopolizavam a forma como se transacionava no país. 

Ocorre que, apenas falando de meio de pagamento, uma vez aberto o mercado, cada um desses atores começou a ser atacado por empresas jovens, inovadoras e com apetite e capital para tomar para si nacos desse mercado bilionário.

Com esse cenário, hoje temos no Brasil 828 Fintechs, segundo números atualizados da @distrito, número que vai certamente aumentar nos próximos meses, em especial se considerarmos as duas novidades trazidas pelo Bacen – Banco Central do Brasil.  O PIX – sistema de pagamento instantâneo – e o Open Banking – plataforma, que conecta bancos e instituições do mercado financeiro para, de maneira resumida, permitir que os usuários tenham mais poder de escolha dos serviços e produtos disponíveis – com certeza irão acelerar ainda mais o desenvolvimento do mercado.

Falando em investimentos, só em setembro de 2020, segundo dados do @slainghub, 13 Fintechs receberam aportes milionários, representando 31% das startups investidas no mês – liderando com folga, sendo Real State a segunda colocada com 12%. 

Por isso, com tamanha abertura, número de players, conhecimento circulando – empreendedores e profissionais com expertise no mercado – e capital de risco, o cenário seguirá promissor.

Assim, não é de se duvidar que as empresas queiram desenvolver suas próprias soluções de pagamento, evitando que o dinheiro – no caso, os dados – circule em outras mãos. 

Todo mundo pode, sim, ser Fintech. Com tanta opção no mercado, talvez não precise, mas que se pode, isso sim, é verdade. 

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