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Todo Cartões, Startup Gaúcha, é comprada pela americana InComm Payments

A Startup gaúcha de cartões-presente e lista de presentes acaba de ser adquirida por empresa parceira americana, que pretende se consolidar como protagonista num mercado que movimenta, só no Brasil, 1,5 bilhão de reais.

A Startup gaúcha de cartões-presente e lista de presentes acaba de ser adquirida por empresa parceira americana, que pretende se consolidar como protagonista num mercado que movimenta, só no Brasil, 1,5 bilhão de reais. 

Segundo matéria da @neofeed, a Todo Cartões “tem mais de 70 clientes, entre eles, nomes como Riachuelo, Centauro, Outback, RiHappy, Arezzo e Havaianas. E, desde a sua fundação, já gerou um volume bruto de mercadorias (GMV) de R$ 300 milhões.”

Para os analistas de mercado e os próprios executivos da Incomm Payments, o negócio com a Todo Cartões era o caminho mais acertado para a ampliação da presença no mercado brasileiro, considerando-se a complementaridade dos produtos e serviços. 

Esse negócio, mais um para a lista gigantesca de negócios envolvendo startups neste 2020, traz alguns insights interessantes. 

O primeiro deles, a empresa gaúcha surgiu por influência da americana, ou seja, segundo os próprios fundadores, nasceu por influência da “concorrente”, parceira e, agora, sua adquirente. Quer dizer, muitas vezes, podemos buscar inspiração em modelos de negócio que já existem e adaptar a nossa realidade. É muito legal criar algo 100% inovador, mas, muitas vezes, adaptar modelos de negócio de sucesso podem ser um caminho mais fácil. 

Em segundo lugar, temos visto muitos empreendedores acreditando que o sucesso de uma jornada empreendedora acontece do dia para a noite. Existem, sim, casos de sucesso quase instantâneo, rodadas de investimento gigantes e crescimento exponencial em curto período de tempo. A regra, porém, é que negócios levam tempo para dar certo, mesmo em se tratando de startups e empresas de tecnologia. No caso da Todo Cartões, foram 8 anos. 

O terceiro, aqui uma peculiaridade desse negócio, a Todo Cartões cresceu com capital próprio (bootstrapping), sem investimentos profissionais. Isso certamente foi um grande diferencial na negociação de aquisição e, provavelmente, os fundadores receberam uma bonificação maior por dividirem o bolo somente entre eles, sem investidores anjos e fundos. 

Por fim, temos visto alguns negócios nascendo com investidores solo. Isso não é ruim, mas a experiência tem mostrado que, embora seja comum um fundador ser o sócio majoritário, é difícil a empresa ir longe apenas com um sócio. Obviamente que, por outro lado, é importante que os sócios estejam alinhados, do contrário, a sociedade pode mais atrapalhar do que viabilizar o sucesso.

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