O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio do site “Fui Vazado” neste início de mês de fevereiro. O site permitia identificar quais dados pessoais faziam parte de um vazamento que afetou mais de 220 milhões de brasileiros.
Na sua decisão, o Min. Alexandre de Moraes determinou a abertura de investigação por parte da Polícia Federal sobre os fatos, e pediu que o desenvolvedor responsável pelo site seja ouvido no inquérito.
A Corte alegou que o site estaria comercializando, ilegalmente, dados pessoais de autoridades e dos ministros do STF. O Min. Alexandre de Moraes citou que o site prejudica membros da Corte, atacando a privacidade e a segurança pessoal.
Importante notar, também, que os dados estão disponíveis na “deep web” para comercialização, porém, poucas empresas alegaram um vínculo, ou responsabilidade, com os dados vazados. Até o momento, cogita-se que o vazamento tenha partido do banco de dados do Serasa Experian.
Entre os dados vazados, é possível identificar emails, telefones, endereços, escolaridade, emprego, poder aquisitivo, devedores, bolsa família, salários, entre muitos outros.
Um detalhe interessante é que a quantidade de pessoas afetadas supera o número da população brasileira apurada em 2020 pelo @ibgeoficial (aprox. 212 milhões de pessoas), o que indica a possibilidade de vazamento de dados de pessoas já falecidas.
O vazamento de dados é sempre um tema que chama a atenção, sobretudo após a entrada em vigor da LGPD. O receio desses vazamentos é que pessoas mal intencionadas cometam golpes virtuais, fraudes bancárias e roubo de identidade. Por conta disso, recomendamos uma atenção redobrada em mensagens suspeitas nas redes sociais.
Na dúvida, faça a devida checagem de confirmação de veracidade antes de qualquer coisa.