No final do ano passado, o @sharktankbrasiloficial – programa que oferece aos participantes a oportunidade de apresentarem suas ideias de negócios para grandes investidores, na expectativa de conseguir aportes financeiros que alavanquem o negócio – selecionou uma startup chamada Amostrix para participar.
É comum, dada a relevância do investimento, que os grandes investidores do programa façam exigências condicionantes para o investimento nas startups. E, pela primeira vez, uma das condicionantes foi a Lei Geral de Proteção de Dados.
Para entender melhor o assunto, a @amostrix_amostras_gratis se trata de uma startup que automatiza, através de um equipamento tecnológico, a geração de amostras gratuitas de produtos. Através do equipamento, desaparece a necessidade de ajuda humana. E, em troca de obter a amostra gratuita de um produto, os indivíduos fornecem seus dados ao equipamento.
O resultado é uma ampla coleta e armazenamento de dados pessoais. Os dados pessoais são disponibilizados como forma de ativo à empresa contratante, que cedeu as amostras grátis.
É notável, assim, que a atividade da startup gera uma ampla coleta de dados, o que chamou a atenção dos participantes do programa. Ao final, a empresa recebeu o aporte milionário, mas depois de ser questionada sobre a avaliação jurídica sobre o tema, se comprometeu a adequar-se à lei.