Com o aporte de R$ 450 milhões, a Descomplica se torna a primeira Edtech, Startup focada em Educação, a receber um investimento de Série E nesse montante na América Latina.
A @descomplica, fundada em 2011 por um ex-professor de física, Marcos Fisbhen, oferece aulas para reforço escolar, cursos preparatórios para vestibular e concursos e, mais recentemente, cursos de graduação, tudo online.
A plataforma possui hoje mais de 5 milhões de alunos e opera em um formato “freemium” (conteúdos mais simples gratuitos e assinatura para conteúdos premium).
Segundo notícia do @braziljournal, os recursos serão investidos na faculdade, em novos produtos, novas tecnologias e na aquisição de empresas menores que tragam novos produtos ao portfólio.
Em termos de Brasil, certamente o terceiro mercado com maior potencial de crescimento é o da Educação. Por aqui, vimos (e seguimos vendo) um “boom” de Startups atacando mercados concentrados e ineficientes, especialmente o mercado financeiro, que vem sendo reconstruído pelas Fintechs, além do mercado da saúde com suas Healthtechs, especialmente no mundo pandêmico de hoje em dia.
Na ordem lógica de necessidade, temos as Edtechs, já que o Brasil ainda enfrenta problemas gravíssimos na área da educação.
Por isso, devemos celebrar a conquista da Descomplica por tudo que ela representa.
Termos mais empreendedores prosperando na área da educação estimula novos empreendedores a desbravarem o espaço deixado pelos Governos e iniciativa privada.
Também, quando uma empresa dá certo em um determinado mercado, além de estimular novos players e os próprios concorrentes, ela adquire outras empresas para se consolidar, jogando mais dinheiro no mercado para reinvestimento.
E, por fim, não podemos esquecer de que, quando a jornada “empreender” receber investimento e a saída acontece, esse ciclo virtuoso gera muita riqueza para todo ecossistema, além de desenvolver profissionais e expertise geral.
Se as Edtechs não são ainda prioridades dos fundos e do mercado em geral, para a sociedade elas deveriam ser.
As fintechs, especialmente, atuam com êxito na desconcentração bancária, bancarização e no acesso ao crédito; as healthtechs, igualmente com sucesso, na melhora geral do atendimento de saúde da população, como melhores e mais acessíveis exames, testes e tratamentos, mas também na melhor gestão da saúde por parte dos cidadãos.
Por isso, se as Edtechs conseguirem trazer maior inclusão na educação e uma melhora geral na jornada de aprendizado e desenvolvimento dos alunos, podemos ter esperança de que dias melhores virão para nossa sociedade. Além de, obviamente, termos um mercado gigantesco e promissor para nossos empreendedores desbravarem.