Na semana passada, a rede de hotéis Marriott sofreu um ataque de hackers, que expôs dados de meio bilhão de pessoas. Dentre os dados vazados estão números de passaporte, endereço residencial e e-mail. Um número ainda não divulgado de afetados também teve o número e a data de validade de seus cartões de crédito expostos.
Os ataques a grandes organizações têm sido recorrentes e estas, além de sofrerem um abalo reputacional e confiança, que muito tempo levaram para conquistar, ainda correm sérios riscos de serem autuadas a pagar multas elevadas. Já são diversas empresas multadas por incidentes relacionados a dados pessoais, tais como British Airways (multa de 204,6 milhões de euros, a maior do mundo até agora) e Google (multa 50 milhões), dentre diversas outras.
Como dito, as multas não são a única consequência. Existem as consequências indiretas tão gravosas quanto. Segundo o @estadão, um dos reflexos destes incidentes é a queda das ações, como no caso da rede de hotéis, que fechou, dia 30.10.2020, o mercado com queda de 5,59% em suas ações sendo negociadas a US$ 115. A explicação desse movimento das ações é que o vazamento de dados foi tão grande que a empresa possivelmente vai ser obrigada pelas autoridades de proteção de dados a pagar alta e isso abala o mercado.
Todos sabemos da máxima de que todos nós teremos em algum momento nossos dados vazados. Cabe, portanto, às empresas em geral, observar as melhores práticas de segurança da informação, além de atuar em conformidade com as regras de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais para evitar tais incidentes consigo ou, caso seja impossível, que os dados e prejuízos sejam ao máximo mitigados.